"A caminho de um falhanço colossal" é o título do artigo de opinião, da autoria de Nicolau Santos, no Expresso de hoje.
De quem será o falhanço? Escreve Nicolau Santos: "Não poupemos nas palavras. Um ano após ter tomado posse e definido uma estratégia que foi claramente mais longe do que aquilo que estava acordado com a troika, o Governo está à beira de um falhanço colossal em matéria do Orçamento do Estado. (...) Ora perante um Governo que calculou que o IVA ia crescer 11,6% e está confrontado com uma descida de 2,8% até maio; com uma quebra nos impostos sobre veículos que estava prevista ser de 6,5% e já vai em 47%(!); com um recuo esperado de 2,1% no imposto sobre produtos petrolíferos, que ascende já a 8,4%; com um aumento do subsídio de desemprego de 23%, quando o Executivo apontava para 3,8%; e com uma quebra nas contribuições dos trabalhadores e empresas para a segurança social de 3%, quando se esperava apenas 1% - o que se pode dizer se não que se trata de um falhanço verdadeiramente colossal da equipa das Finanças e, em particular, do brilhantíssimo e competentíssimo ministro Vítor Gaspar? (...) Este descalabro resulta do profundo desconhecimento de como funciona a economia portuguesa, (...) Em qualquer caso, quando é mais do que evidente como o garrote fiscal está a estrangular a economia e que mais impostos vão provocar ainda mais recessão e menos receita fiscal, é extraordinário que o primeiro-ministro e o ministro das Finanças insistam neste caminho. Já não é fé na receita, mas apenas a mais absoluta irracionalidade".
Mal empregado subsídio de férias!
Sem comentários:
Enviar um comentário