Hoje, é o dia do aniversário de Maria João Pires. Muitos parabéns! Tenho por ela uma grande admiração. Só a sua grande sensibilidade e uma total entrega interpretativa permitem as suas admiráveis interpretações. Há dias, Maria João Pires deu uma entrevista ao jornal El País e disse que tenciona retirar-se dos palcos em 2014, quando completar 70 anos. Confessou que o realizador que prefere é Akira Kurosawa e, às vezes, também gosta de Woody Allen. Conta ainda Inés Vila, que assina o artigo, que: “Maria João Pires começou a tocar piano de ouvido. Um professor ia a sua casa dar aulas à sua irmã e quando se ia embora, Maria João Pires dirigia-se ao piano e reproduzia as partituras de memória. Tinha três anos.” Segundo o El País, Maria João Pires é considerada por muitos como a melhor pianista do mundo.
É incrível a energia que existe dentro daquele corpo frágil com um metro e meio de altura e de uma extrema magreza. Segundo Maria João Pires: “A chave de uma interpretação está em combinar leveza com temperamento".
Há talvez sete anos passei um fim de semana em Belgais. Fiquei numa suite magnífica com a lareira acesa, mesmo aos pés da cama, com piano de cauda – absolutamente inútil para mim – uma estante cheia de livros – ainda tive oportunidade de folhear alguns. O quarto tinha uns tecidos indianos estendidos, o que ajudava a obter um ambiente quente e acolhedor. À noite, foi servido um chá, biscoitos e fruta no quarto. Na manhã seguinte, tomámos o pequeno almoço na sala de jantar, numa mesa única, em conjunto com as outras pessoas que estavam alojadas em Belgais, também com Maria João Pires que foi uma anfitriã exemplar. Fez com que nos sentíssemos em família.
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