Permito-me opinar relativamente à Arquitectura de Eduardo Souto de Moura: ela é caracterizada por peso e leveza.
Esta minha observação é reforçada pela admiração de Eduardo Souto de Moura por duas obras notáveis e, talvez, contraditórias na relação interior-exterior:
- Casa Farnsworth (Chicago) de Mies van der Rohe
- Casa Malaparte (Capri) de Adalberto Libera
A primeira com as paredes em vidro e a segunda com as paredes em betão, quase sem janelas.
Mas, ao dizer que as obras do Arquitecto Souto de Moura são caracterizadas por peso e leveza, não me estava a referir à relação interior-exterior. Estava a referir-me à sua solidez - com a utilização preferencial da pedra e do betão - e à sua plasticidade e integração no sítio que lhes dão uma leveza notável.
Escreveu Milan Kundera: “A contradição pesado-leve é a mais misteriosa e ambígua de todas as contradições”.
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