domingo, 26 de janeiro de 2014

Marco Aurélio, o imperador filósofo

Busto de Marco Aurélio, jardins do Palácio de Versalhes
«Este livro, todo tecido de reflexões pessoais, tem radículas nos autores gregos bem assimilados - em Platão, em Homero, nos trágicos -, todos sobriamente citados, nunca para mostrar erudição, sempre para sublinhar a meditação pessoal de um homem que de tão alto viu o "desconcerto do mundo" e abriu, sem mais candeia que a luz da consciência acesa em pavio estóico, um tão nobre caminho nas sombras da vida. Nunca tão raramente se equivaleram palácio e choupana aos olhos de um meditador. A misantropia crepuscular escorre do pensamento da morte, da brevidade da vida, da fugacidade de prazeres e honrarias. (...) Mas que um imperador cumulado de riquezas e com mão desimpedida para a sacudir arbitrariamente por entre justiças e vinganças se recolha à cela íntima e aí entorne, num canhenho de reflexões a essência da própria alma - deve mover-nos a espanto e pena.» Do Prefácio de João Maia no livro "Pensamentos" de Marco Aurélio
Aqui pode encontrar-se uma tradução do livro a partir da versão inglesa.


Sem comentários:

Enviar um comentário