Retrato feito por
Joseph
Karl Stieler, em 1820
“Passava pouco das cinco horas, a
campainha tocou. Um toque leve, como de passagem, que precisamente fez correr
Raimundo Silva à porta como se tivesse medo de que fosse uma vez para nunca
mais, só na sinfonia de Beethoven o destino chama e torna a chamar, na vida não
é assim, há ocasiões em que tivemos a impressão de que alguém estava lá fora à
espera, e quando fomos ver não era ninguém, e há outras em que chegámos apenas
um segundo tarde de mais, e tanto fazia, a diferença é que, neste caso, ainda
podemos ficar a perguntar-nos, Quem terá sido, e levar o resto da vida a sonhar
com isso.” (José Saramago, "História do Cerco de Lisboa", pág. 257/258)
Vejamos o que escreveu Aline Guimarães, site do Conservatório de Música Mozart (Baía):
"Durante o
Romantismo, a Literatura, a Pintura, a Música, enfim, as artes, vivem a
apoteose do sentimento. Tudo é muito pessoal e as emoções dominam o cenário,
sempre muito intenso. Nesse post quero acompanhar com vocês, três momentos
musicais que transmitem essas sensações apaixonadas, nostálgicas e embriagantes
que determinam o Romantismo.
Comecemos
ouvindo o primeiro movimento da Sinfonia nº 5 de Ludwig Van Beethoven,
ele que foi um ícone do seu século e um vanguardista das harmonias. A 5ª
Sinfonia é também chamada de “Destino”, numa alusão às quatro notas que se
repetem como motivo melódico em toda a obra. Dizem por aí que essas notas foram
inspiradas por uma batida à porta do mestre Beethoven, que disse: “Assim nos
chama o destino…” Nessa sinfonia, ele consegue transmitir toda a fúria das
paixões e das arrebatadoras transformações revolucionárias. (...)"
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