É a rara ocasião de nos vermos
reflectidos na nossa nudez – a de seres humanos que riem, amam, choram, se
divertem e se angustiam. No Nimas, em Lisboa, até Abril, no Teatro do Campo
Alegre, no Porto, a partir de Fevereiro, Ingmar Bergman. Dezassete filmes,
entre A Prisão e Fanny e Alexandre. A angústia protestante, o frio sueco, são
uma capa: por baixo dela, a nossa nudez.
(...)
Pensar que Ingmar Bergman é coisa para “intelectuais”
é um disparate: os filmes de Bergman tocam, e dizem respeito, a quem quer que
seja feito de carne, osso e um cérebro. A angústia protestante, o frio sueco,
são uma capa: por baixo dela, a nossa nudez.
(Luís
Miguel Oliveira no Público)
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