terça-feira, 20 de setembro de 2011

Edifício Living Foz premiado

O edifício Living Foz, no Porto, projectado por Paulo Fernandes Silva, do atelier dEMM, venceu o prémio internacional de arquitetura “Leaf Awards 2011”, na categoria Young Architect of The Year.

O Living Foz, cuja construção esteve envolvida em polémica, porque a Câmara do Porto chegou a decretar o embargo da empreitada no final de 2010, “é uma nova abordagem na arquitetura dentro do que se faz na habitação”, considerou hoje, em declarações à Lusa, o criador deste edifício, que desenvolveu o seu trabalho contando com a colaboração dos arquitetos Isabela Neves e Tiago Soares Lopes.

Para Paulo Fernandes Silva, de 28 anos, este prémio, que foi divulgado na sexta-feira, em Londres, “é muito importante, porque demonstra conhecimento do que se faz na habitação”. “Trabalhos comerciais raramente são premiados”, disse o arquiteto, acrescentando que o Living Foz concorria nesta categoria ao lado de uma capela, em Guerrero, no México, um edifício de escritórios de uma empresa de comunicações da Catalunha, em Barcelona, e o edifício do governo da Catalunha, em Girona. O Living Foz, construído e promovido pela empresa J.Camilo, situa-se numa zona com vista sobre o mar e a foz do rio Douro e possui varandas em todo o seu perímetro. Paulo Fernandes Silva referiu à Lusa que o júri, liderado por Irving Brauer, “comentou e elogiou diversos aspetos do projeto”, destacando, por exemplo, “o privilégio das relações entre interior e exterior, de modo a usufruir da vista panorâmica e da exposição solar”. Também a sua forma foi comentada pelo júri, que, de acordo com Paulo Silva, referiu ser “enfatizada pelos contrastes entre o betão branco à vista e os painéis de ‘glass reinforced concret’”. O júri disse ainda que “o princípio geométrico e material das fachadas estende-se aos arranjos exteriores, criando espaços de circulação, de afastamento e de paragem”, concluiu o jovem arquiteto, que se formou na Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto. O projeto português House in Melides, em Grândola, do arquiteto Pedro Reis, estava também na lista dos 47 finalistas, concorrendo na categoria “Residential Building of The Year, mas o júri escolheu como vencedor o Punta House, que o gabinete de arquitetura brasileiro MK27 projetou no Uruguai. Esta foi a nona edição dos prémios “Leaf Awards”, que pretendem “honrar os arquitetos que projetam edifícios e soluções que servem de referência para a comunidade de arquitetos a nível internacional”. Os “Leaf Awards” já premiaram arquitectos como Zaha Hadid, David Chipperfield, SOM, Steven Holl e Terry Farrell.

(notícia encontrada aqui)

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