domingo, 8 de maio de 2011

José Carlos Fernández

Ontem, andava eu de pavilhão em pavilhão, na Feira do Livro de Lisboa quando começei a ouvir alguém a falar espanhol de forma perfeitamente perceptível. Percebia-se que já conhecia suficientemente a língua portuguesa porque evitava aquelas palavras espanholas muito afastadas da sua correspondente em português, dizendo em seu lugar, a palavra portuguesa. Mas não fazia nenhum esforço para aportuguesar a pronúncia. Fez-me lembrar a forma como José Saramago falava espanhol ou Mário Soares fala francês. Fui andando e continuava a ouvir aquela voz mas cada vez mais longe. Quando deixei de perceber o que dizia, voltei para trás e fui-me sentar na plateia frente ao conferencista. Impressionou-me a torrente de palavras, ditas sem hesitações, mas não demasiadamente depressa. A fluidez do discurso era impressionante. Só depois de ter tido esta impressão positiva relativamente ao aspecto formal do discurso, comecei a valorizar o seu conteúdo. Falava de Florbela Espanca e dos poetas em geral.

Fiquei a ouvir até ao fim. Quis saber quem era o conferencista. Era José Carlos Fernández e estava a apresentar o seu livro Florbela Espanca – a vida e a alma de uma poetisa. Muito interessante: não é “a vida e a obra” é a “vida e a alma”. Quando cheguei a casa, fui à net para ver se descobria quem era José Carlos Fernández. Fiquei a saber que é Director da Nova Acrópole de Portugal. No site da Nova Acrópole fiquei a saber que se trata de uma Associação Cultural que se tem "preocupado especialmente com a formação filosófica dos jovens". Aí encontrei a mensagem do Director (José Carlos Fernández) que começa assim:

"Assim como popularmente se diz que os olhos são o espelho da alma, queremos que este sítio na Internet seja como uma janela aberta para a alma daquilo que fazemos. Queremos oferecer, através dela e falando em termos poéticos, os mil e um frutos do “Jardim Encantado da Sabedoria Antiga”. Vida! Saúde! Força Interior! Esta é uma das formas de saudação que encontramos no Antigo Egipto, na sua língua hieroglífica, tão fértil em evocações filosóficas. E isto é o que desejamos do fundo do coração a todos os que visitem este sítio."

Também lá encontrei um excerto do livro que se pode obter aqui.

Sem comentários:

Enviar um comentário