Ontem fui à Feira do Livro de Lisboa. Andei por lá durante quatro horas. Pouco tempo! Valeu a pena, mas tenho de lá voltar. Recordei alguns momentos da minha infância. Estava lá uma carrinha da marca Citröen, revestida a chapa ondulada, com porta lateral de correr, modelo H (chamado “Tubo”). Era uma das muitas furgonetas (já há muito tempo não me ocorria esta palavra) que tinha sido Biblioteca Itinerante. A única diferença era a cor. Esta que pertence à Câmara Municipal de Lisboa é branca. Lembro-me que as da minha infância, que eram da Fundação Calouste Gulbenkian, eram cinzentas. Vivi a minha infância em Mesão Frio, vila, sede de concelho, sem biblioteca. E muitos outros concelhos no país havia sem biblioteca. Creio que a furgoneta aparecia de quinze em quinze dias. Eu requisitava um livro e ficava “obrigado” a lê-lo naquele prazo para requisitar outro no visita seguinte. Os livros tinham etiquetas de diversas cores, em função da faixa etária considerada indicada. Visão simplista! Há livros que são adequados a todas as idades. Estou a lembrar-me da revista Tintim que se considerava a revista para os jovens dos 7 aos 77 anos.
A Câmara Municipal possui carrinhas – veículos de modelos recentes – no activo. Para além dos livros para serem requisitados, possuem computadores com ligação à internet. Actividade meritória!
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