Penso que é irreversível o processo em direcção à restauração da independência da Escócia. Quinta-feira passada, o Partido Nacional Escocês (SNP) conquistou a maioria absoluta no Parlamento Escocês, que tinha sido restaurado em 1999. O Partido Nacional Escocês, liderado por Alex Salmond, define-se como "pró-independentista moderado e de centro-esquerda". O SNP comprometeu-se, durante a campanha eleitoral, a referendar a independência da Escócia durante o mandato de cinco anos que agora começa. Na página do SNP pode ler-se:
"Scotland is a society and a nation. No one cares more about Scotland's success than the people who live here and that, ultimately, is why independence is the best choice for our future. Independence is about making Scotland more successful. At its most basic, it is the ability to take our own decisions, in the same way as other countries."
O Partido Nacional Escocês comprometeu-se a que, daqui a dez anos, toda a energia eléctrica consumida na Escócia provenha de fontes renováveis, além de que se recusa a aceitar que novas centrais nucleares sejam instaladas na Escócia. Para já, vai reivindicar para a Escócia uma maior porção nas receitas vindas do petróleo e do gás extraídos no Mar do Norte. Talvez esta venha a constituir a maior dificuldade para se concretizar a independência: quem deterá os direitos sobre as explorações offshore de petróleo e de gás?
Há ainda um pormenor a considerar: para que a Escócia se torne independente é necessário que os escoceses o queiram. Actualmente, segundo as sondagens, apenas 30% dos escoceses querem a independência.
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