O
compositor alemão Christoph Willibald Gluck (1714-1787) compôs a ópera
Orfeu e Eurídice, que se estreou em 1762, baseada no mito de Orfeu, um dos
heróis da mitologia grega.
No
dia de casamento com Eurídice, Orfeu teve um grande desgosto. A sua mulher
morreu, mordida por uma cobra ao fugir do assédio de Aristeu. Quando Orfeu
se encontrava junto do túmulo de Eurídice, surge Eros, deus do amor,
com uma mensagem de Júpiter, permitindo que Orfeu atravesse os portões do Mundo Subterrâneo, onde reina Hades. Orfeu não
poderá olhar a sua amada nos olhos, ou mesmo explicar porque procede de tal forma. Se transgredir, Eurídice, morrerá de novo. Orfeu
aceita e parte em busca da sua amada. Orfeu, que era um exímio tocador de lira,
consegue com a sua música convencer fúrias e fantasmas a deixá-lo passar e pode atravessar os Campos Elísios para procurar Eurídice. Orfeu encontra
Eurídice mas esta interpreta como sinal de indiferença o facto de ele não a abraçar
nem sequer olhar para ela. O seu choro e o seu desespero, fazem com que
Orfeu ceda e olhe a sua amada nos olhos. Quando Orfeu olha para ela,
Eurídice morre novamente.
É
neste momento que Orfeu canta a ária "Che farò senza Euridice", na
qual lamenta a perda de Eurídice.
A ópera foi composta para
que o papel de Orfeu fosse desempenhado por um castrato. Atualmente, quem o interpreta é uma meio soprano.
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