Excertos do editorial do Courrier Internacional de Abril de 2012, assinado por Rui Cardoso:
"Em 1931, quando Franklin D. Roosevelt chegou à Casa Branca, não era só a economia norte-americana que estava de rastos." (...) "A verdade é que o novo Presidente fez uma coisa basilar: devolveu a esperança às grandes masssas de desempregados e criou confiança. Falou – e muito – na rádio e a sua voz chegou ao coração de milhões de concidadãos. Mas não se limitou a falar: lançou as bases do Estado social com o “New Deal”. Criou emprego com grandes programas de obras públicas, umas mais necessárias que outras e algumas quase inventadas. Sobretudo, percebeu que não haveria retoma económica se os mais pobres não tivessem um mínimo de poder de compra. Algo que Lula retomaria no Brasil, com o sucesso que se conhece, no combate às formas extremas de pobreza e no impulso ao crescimento económico.
Numa altura em que, a pretexto do combate à crise, se multiplicam libelos contra o Estado social e se propagandeia um retrocesso sem precedentes em matéria de protecção social, é bom recordar estes factos históricos. Apresentado pelos seus detratores internos e externos como perigoso comunista, insultado de coxo e judeu, Roosevelt respondeu com ironia: “Será que ainda não perceberam que o que estou a tentar fazer é salvar o capitalismo?" (...)
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