Ao
desafio lançado pelo jornal Público: “Que valores para 2013?”, o escritor e ensaísta Miguel Real respondeu com o ensaio publicado hoje e intitulado “O sentimento do
nada, a confiança e a esperança”.
Começa
assim: “Em nome da santidade do seu orçamento, o Estado português é hoje uma aterrorizante
máquina de roubo colectivo: roubo de empregos e de lucro legítimo das
empresas; roubo de poupanças de anos; roubo de salários; roubo de pensões;
roubo da vontade empreendedora dos cidadãos e, sobretudo, roubo da alma dos
portugueses.”
E
termina assim: “O Princípio da Esperança, motor de trabalho e iniciativa, motor
de mobilidade e igualdade social, de equidade na distribuição da riqueza colectiva,
quebrou-se, deixando assim o português sentado à porta de um país sonâmbulo,
perscrutando um horizonte vazio de confiança e de esperança, sentindo estalar
no peito o aterrorizador Sentimento do Nada.”
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