Há dias fui a uma biblioteca pública e a capa do livro "O Mito da Deusa Fortuna" chamou-me a atenção. Folheei-o, li umas frases e apontei o nome e o autor. Tinha decidido comprá-lo. Fui a uma livraria e encomendei-o. Entretanto, comprei um outro que existia disponível: "Deixa-me Que te Conte". É neste último que entre muitos outros está o conto "O Elefante Acorrentado". Ontem fui buscar o livro que tinha encomendado. É um livrinho que se lê em algumas horas. A tradução do espanhol podia ser mais clara. Os espanhóis utilizam a palavra azar, geralmente, com o significado de acaso. Para nós a palavra também tem esse significado - por exemplo, quando falamos em "jogos de azar" - mas, em geral, utilizamo-la com o significado de má sorte. Ora, no livro a palavra azar é utilizada muitas vezes com o sentido de acaso, o que para nós é um pouco estranho.
O livro é muito saboroso. Magníficas as ilustrações de José Luis Merino. Jorge Bucay é psiquiatra e psicoterapeuta mas este livro é, essencialmente, filosófico, divagando o autor à volta dos conceitos de: sorte, azar, destino. O texto está recheado de alegorias que nos fazem sorrir e tornam mais fácil o acompanhamento da discussão à volta destes conceitos abstractos.
Os três desejos explícitos dos autores são: que o livro faça o leitor sorrir, que o leitor goste de o ler e que lhe seja útil. Em jeito de conclusão, escreve o autor que, para que tenhamos sorte, devemos: promover o encontro com a Deusa Fortuna, reconhecê-la quando se aproxima e saber como proceder após a sua captura.
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