(Excerto do editorial da revista Courrier Internacional de Março de 2012, da autoria de Rui Cardoso.)
Nos anos 60, Che Guevara lançou uma palavra de ordem antiamericana que ficou célebre: "É preciso criar um, dois, três Vietnames..." Meio século depois, Washington parece apostado em criar não um mas vários Iraques, senão diversos Afeganistões. É certo que a perspectiva de um Irão com capacidade nuclear é asssustadora, mas há qualquer coisa de familiar no bombardeamento mediático sobre o país dos ayatollahs. A Agência Internacional para a Energia Atómica (AIEA) ainda não encontrou provas de que o país esteja, de facto, a construir bombas nucleares. Os serviços secretos ocidentais também não. Mas EUA e UE avançaram já com sansões (que atingem mais o povo iraniano que a clique dirigente), enquantoa marinha norte-americana ocupa o Golfo Pérsico. Supostamente Saddam Hussein tinha armas de destruição maciça e, por isso, foi invadido pelos EUA em 2003. (...)
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