Quase por acaso, encontrei este livro na estante de uma livraria. "A Civilização Grega" de André Bonnard, traduzido por José Saramago. O livro foi editado em Fevereiro de 2007. Não me parecia possível que José Saramago tivesse feito a tradução de um livro nos últimos anos da sua vida. Fiz uma busca na net e fiquei a saber que se trata da reedição de um livro inicialmente publicado em 1983. Está explicado!
Na contracapa do livro:
"Toda a civilização grega tem o homem como ponto de partida e como objecto. Procede das suas necessidades, procura a sua utilidade e o seu progresso. Para aí chegar, desbrava ao mesmo tempo o mundo e o homem, e um pelo outro. O homem e o mundo são, para ela, espelhos um do outro, espelhos que se defrontam e se lêem mutuamente.
A civilização grega articula um no outro o mundo e o homem. Casa-os na luta e no combate, numa fecunda amizade, que tem por nome harmonia."
Estes dois parágrafos fizeram-me lembrar Agostinho da Silva. Já não sei se ouvi ou se li. Dizia Agostinho da Silva (estou a citar de memória):
"Dizem que os gregos são como são por viverem num local onde a terra e o mar se interpenetram. Mas eu coloco a questão inversamente: Os povos eram nómadas. Por ali passaram muitos povos. Os que aí se fixaram, fizeram-no porque entenderam que aquele local estava de acordo com a sua maneira de ser".
O homem como ponto de partida!
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