O Museu de Évora reabriu há um ano e meio, depois do edifício onde está instalado ter sofrido obras de requalificação, segundo projecto do Arq.º Hestnes Ferreira. Depois da sua reabertura já lá fui quase uma dezena de vezes e, de cada vez, há sempre algo de novo a ver. Numa dessas visitas, participei numa visita guiada por Celso Mangucci, Técnico Superior do Museu. Foi escolhida uma dúzia de obras que foram objecto de observação comentada. Uma das obras seleccionadas foi uma natureza morta representando uma salva com pêssegos. Curiosamente, sobre um dos pêssegos encontrava-se uma mosca pousada. No renascimento e no barroco europeus era frequente a representação de uma mosca muito realista. De acordo com o historiador Giorgio Vasari, essa prática teria tido origem num episódio ocorrido com Giotto. Estava Giotto a pintar sob a orientação do seu mestre, Cimabue, quando pintou uma mosca sobre o nariz de uma figura. A representação era tão realista que Cimabue tentou enxotar a mosca da tela. Giotto tinha acabado de conseguir enganar o seu mestre. Um exemplo dessa prática pode ser observado em “Virgem e Filho” (1480) de Carlo Crivelli.
segunda-feira, 31 de janeiro de 2011
domingo, 30 de janeiro de 2011
Os portugueses andam mal informados
O Projecto Farol lançado pela Deloitte com o apoio de diversas personalidades acaba de divulgar as conclusões de um estudo de opinião baseado em entrevistas realizadas a 1002 pessoas com idades entre os 18 e os 64 anos.
Algumas conclusões do inquérito:
1. Comparando as actuais condições económicas e sociais com a vida de há 40 anos atrás, antes do 25 de Abril, actualmente a situação está muito melhor ou melhor para 29% dos inquiridos e muito pior ou pior para 46% dos inquiridos.
2. Comparando as actuais condições económicas e sociais com a vida de há 25 anos atrás, antes da entrada de Portugal na CEE, actualmente a situação está muito melhor ou melhor para 23% dos inquiridos e muito pior ou pior para 58% dos inquiridos.
É verdade que muitos dos inquiridos há 25 anos ainda não tinham nascido e muitos mais não tinham ainda nascido há 40 anos, pelo que as respostas se baseiam num conhecimento indirecto da realidade.
O próprio Projecto Farol conclui que:
“Os portugueses estão mal informados sobre o grau de desenvolvimento do país nas últimas décadas”.
Sem dúvida que esta situação é, fundamentalmente, da responsabilidade dos órgãos de comunicação social que temos e da informação que difundem: a informação das desgraças. Curiosamente, Belmiro de Azevedo faz parte da Comissão Executiva do dito Projecto Farol. Como proprietário do Público que lhe sirva de lição.
sábado, 29 de janeiro de 2011
Maçã com foie gras
Ontem fiz uma entrada que recomendo.