O argentino Adolfo Pérez Esquivel considera "muito preocupante" a "reação de conotação colonialista" por parte de Londres de não aceitar a decisão do Equador relativamente à concessão de asilo político a Julien Assange e de não conceder o salvo-conduto para que o fundador do WikiLeaks - que ontem completou dois meses refugiado na embaixada equatoriana em Londres - possa viajar para Quito, capital equatoriana.
Na opinião do prémio Nobel da Paz de 1980, que hoje decidiu falar sobre o caso através de comunicado, Julian Assange é "perseguido politicamente por haver difundido informação muito grave que pôs em evidência ações criminosas dos EUA nas guerras do Afeganistão e do Iraque", assim como "as nada surpreendentes ações (norte-americanas) de intromissão, através das suas embaixadas, em assuntos internos de outros países".
O defensor dos Direitos Humanos defendeu hoje que "o temor pela vida, por parte de Julian Assange, é justificado, pois nos EUA já se comenta que poderia eventualmente ser julgado no âmbito da Lei de Espionagem, a qual prevê a pena de morte".